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Gêmeos nascem e nem sequer eles tinham percebido que tinham nascido (emocionante)

By : Unknown


O Spa do bebê é uma nova abordagem de banho. Foi inventado pela enfermeira Sonia Rochel que nasceu (em Paris). Este banho é reservado somente para bebês (até aproximadamente a idade de 2 meses) . É  um cuidado real, ninguém mais usa essa abordagem, pois é um resultado de muitos anos de observação e reflexão. O vídeo mostra um pouco dessa vez marcando banho - carícia : Na verdade, dura de 10 a 15 minutos.


Mistérios da medicina: Desenvolvimento de prematuro com 15 semanas

By : Unknown

Nascido três meses e meio prematuro, bebê Ward Miles não teve o início mais fácil na vida, mas graças ao amor de seus pais e dedicação interminável de médicos e enfermeiros, o pequeno lutador conseguiu.

Seu pai, Benjamin Miller que é um fotógrafo que trabalha sob o nome de Benjamin Scot, capturou primeiro ano de seu filho em um pequeno filme em movimento. O vídeo começa com nova mãe Lyndsey cautelosamente pegar seu filho, que pesa menos de 1,5lbs equivale por + ou - 700 grs, com 15 semanas de vida no Hospital Infantil Nationwide, em Columbus, Ohio. Com a ajuda das enfermeiras fios e equipamentos médicos móveis, Lyndsey facilita em uma cadeira e prende seu filho pequeno ao peito.  Ela sorri para a câmera e, em seguida, a nova mãe torna-se oprimido pelo momento e explode em lágrimas.

6 verdades chocantes que irão fazer de você uma pessoa melhor!

By : Unknown


E também requer coragem. É incrivelmente reconfortante saber que enquanto você não cria nada em sua vida, então ninguém pode criticar a sua criação.
Fique livre para parar de ler isso se sua carreira está indo muito bem, você está super satisfeito com sua vida e está feliz com seus relacionamentos. Curta o resto do dia, amigo, este artigo não é para você. Você está fazendo um ótimo trabalho, estamos orgulhosos de você. Então para você não sentir que desperdiçou seu clique nessa página, aqui vai uma foto do Lenny Kravitz com um cachecol gigante.


Para o resto de vocês, eu quero que vocês tentem algo: listem cinco coisas impressionantes sobre você mesmo. Escreva-as ou somente as grite para todos. Mas aqui está a pegadinha: não é permitido que você liste qualquer coisa que você é (isto é, eu sou um cara legal, sou honesto), mas ao invés disso você somente pode listar coisas que você faz (isto é, eu ganhei recentemente um torneio nacional de xadrez, eu faço o melhor chili de Florianópolis). Se você achar isso difícil, bem, este artigo é para você, e você vai odiar ler todas as coisas aqui.

#6. O mundo somente se importa com o que pode obter de você.


Digamos que a pessoa que você ame acabou de ser baleada. Ele ou ela está agonizando na rua, sangrando e chorando. Um cara aparece do nada e diz, “Afastem-se”. Ele observa o ferimento de bala em sua amada e puxa um canivete: ele vai operá-la ali mesmo na rua.

“Ok, qual é o doente aqui”?
Você pergunta: “Vocé é médico”?
O cara diz: “Não”.
Você diz: “Mas você sabe o que está fazendo, certo? Você é um médico aposentado, ou…”
Nesta hora o cara parece incomodado. Ele diz a você que é um cara legal, honesto, que nunca se atrasou para nada. Ele diz que é um grande filho e tem uma vida cheia de hobbies saudáveis, e ele se gaba de nunca ter falado palavrão na vida.
Confuso, você diz: “Como diabos qualquer dessas coisas importam quando minha (mulher/esposa/mãe/ melhor amiga) está morrendo aqui, sangrando? Eu preciso de alguém que saiba como operar ferimentos de bala! Você pode fazer isso ou não?!”
Agora o homem fica agitado: por que você está sendo tão superficial e egoísta? Você não se importa com nenhuma das outras qualidades dele! Você não o ouviu dizendo que ele sempre se lembra do aniversário da namorada? Mesmo sabendo de tudo isso sobre ele, realmente a única coisa a qual você se importa é se ele sabe como fazer um cirurgia?
Naquele momento de pânico, você irá sacudí-lo com suas mãos ensanguentadas, berrando: Sim, estou dizendo que nenhuma dessas merdas importam, porque nesta situação específica, eu preciso somente de alguém que possa parar o sangramento, seu maluco desgraçado filho-da-mãe!!!!

“Eu não entendi. Irá ajudar se eu colocar um jaleco? Espere um minuto, deixe eu só pegar um aqui…”
Então aqui está minha terrível verdade sobre o mundo adulto: você está nesta situação singular em todo simples dia. Só que você é o cara confuso com o canivete. A sociedade inteira é a vítima ferida de tiro.
Se você quer saber por que a sociedade parece afastar-se de você, ou por que você não consegue ter o respeito dela, é porque a sociedade está cheia de pessoas que precisam de coisas. Elas precisam que suas casas sejam construídas, de comida para comer, entretenimento, de relações sexuais prazerosas. Você surge nesta cena de emergência, segurando seu canivete, desde o seu nascimento: no momento em que você veio ao mundo, você começou a fazer parte do sistema projetado exclusivamente para atender as necessidades das pessoas.
“Aqui está a porcara que você pediu. Agora caia fora!”
Ou você irá cumprir a tarefa de encarar essas necessidades aprendendo uma gama única de habilidades, ou o mundo irá rejeitar você, não importa o quanto gentil, generoso ou educado você seja. Você será pobre, sozinho e indesejável.
Isto parece ser mal, grosseiro ou materialista? E o amor e gentileza? Essas coisas não importam? É claro. Desde que elas resultem em você fazendo coisas para as pessoas que elas não consigam em outro lugar. Veja só…

#5. Os hippies estavam errados.



Aqui vai uma das maiores cenas da história do cinema (AVISO: LINGUAGEM EXTREMAMENTE DIRETA):




Para aqueles que não conseguem assistir ao vídeo, o vídeo trata-se do famoso discurso que Alec Baldwin dá no clássico do cinema “Sucesso a qualquer preço”. O personagem de Baldwin – que assume-se que seja o vilão – discursa para um sala cheia de caras, de uma maneira bem “filho da mãe”, dizendo-lhes que serão demitidos a não ser que fechem as vendas que lhe foram atribuídas.
“Um cara legal? Estou nem aí. Bom pai? Foda-se! Vá para a casa e brinque com seus filhos. Se você quer trabalhar aqui, venda”.

É um sociopata brutal, rude e perturbado, e também é uma manifestação honesta e correta sobre o  que o mundo está esperando de você. A diferença é que, no mundo real, as pessoas consideram errado falar isso para você dessa forma então decidiram que é melhor simplesmente deixar você falhar continuamente.

“Calouros, bem-vindos à aula de artes do Sr. Baldwin, todos estão aqui? Bem, vou começar mesmo assim.”
Esta cena mudou minha vida. Eu teria este discurso como meu despertador se eu soubesse como fazer isso. Alec Baldwin foi indicado ao Oscar por esse filme e essa é a única cena em que ele está. Como algumas pessoas inteligentes demonstraram, a capacidade deste discurso é que metade das pessoas que o assistiram acham que o objetivo da cena é “Nossa, como deve ser ter um chefe tão bacaca?” e a outra metade diz, “Foda, vamos sair e fazer boas vendas!”.
Ou, como o blog the Last Psychiatrist colocou:

Se você estivesse naquela sala, alguns de vocês entenderiam isso como um trabalho, mas entenderiam a mensagem dada, boas vindas do treinador te xingando, “esse cara é foda!”; enquanto alguns de vocês levariam para o lado pessoal, esse cara é um babaca, você não tem direito para falar comigo desse jeito, ou “a manobra padrão” quando o narcisismo é confrontado com um poder maior silenciosamente fantasia sobre achar algo que irá taxá-lo como hipócrita. Tão compensador.

Eu juro, se ele mencionar meu cabelo, eu irei bater na cara dele tão for… – Sim, senhor, estou ouvindo. Desculpe-me.”
Este resumo é de uma crítica perspicaz dos “hippies” e porque eles parecem ter tantos problemas em conseguir empregos (para fazer justiça, leia a coisa toda), e o ponto é que a diferença nessas duas atitudes : cruel contra motivado determina fortemente se você irá ou não ter sucesso no mundo. Por exemplo, algumas pessoas respondem a esse discurso com a frase de Tyler Durden do filme Clube da Luta: “Você não é seu emprego!”.
Mas, bem, na verdade, você é totalmente seu emprego. Seu “emprego” e meio de vida podem não ser a mesma coisa, mas em ambos os casos você não é nada mais que a soma de todas as suas habilidades úteis. Por exemplo, ser uma boa mãe é um trabalho que requer uma habilidade. É algo que uma pessoa pode fazer que é útil para outros membros da sociedade. Não entenda mal. Seu “trabalho” é a coisa útil que você faz para outras pessoas, é tudo que você é.
Há uma razão de porque os cirurgiões ganhem mais respeito que os escritores de comédia. Há uma razão para que mecânicos ganhem mais respeito que hippies desempregados. Há uma razão para que seu emprego tornar-se seu rótulo se sua morte gera a notícia (O dono da Yoki morre em um assassinato/homicídio.). Tyler disse, “Você não é seu emprego”, mas ele também fundou e dirigiu uma companhia de sabão de sucesso e tornou-se o chefe de um movimento social e político internacional. Ele era completamente seu trabalho.

Foi a ironia que muitas pessoas perderam daquele filme.
Ou pense dessa forma: Relembre quando a empresa Chick-fil-A mostrou-se ser contra o casamento de gays. E como, apesar dos protestos, a companhia continuou a vender milhões de sanduíches todo dia. Não é porque o país concorda com eles; é porque eles fazem seu trabalho de fazer sanduíches deliciosos muito bem. E isso é tudo que importa.
Você não precisa gostar disso. Eu não gosto quando chove no meu aniversário. As nuvens se formam e a precipitação acontece. As pessoas têm necessidades e então dão valor às pessoas que os satisfazem. Este é o simples funcionamento do universo e eles não respondem aos nossos desejos.

“Isto é bobagem. Eu tenho um ficha criminal limpa, e esse é o prêmio que recebo?”
Se você protesta que você não é um capitalista egoísta materialista e que você discorda que o dinheiro é tudo, eu só posso dizer: Quem disse alguma coisa sobre dinheiro? Você não está entendendo o ponto chave.

#4. O que você produz não tem a ver com ganhar dinheiro, mas tem a ver com beneficiar pessoas


Vamos tentar usar um exemplo sem o uso de dinheiro para que você não fique pensando nisso. Este site (do artigo original, Cracked) escreve para, em média, homens de 20 e poucos anos. Então na nossa caixa de entrada eu leio várias histórias por ano de caras miseráveis e solitários que insistem que aquela mulher não dá mole para eles apesar deles serem os caras mais legais do mundo. Eu posso explicar porque este raciocínio está errado, mas provavelmente é melhor deixar o Alec Baldwin explicar:



Neste caso, Baldwin está interpretando o papel da mulher atraente em sua vida. Elas não vão deixar as coisas assim tão claras! A sociedade nos treinou para não sermos honestos com as pessoas mas a verdade é a mesma: “Cara legal”, quem se importa? Se você quer trabalhar aqui, venda!

Então, o que você tem para mostrar? Por causa da guria parecida com a Zooey Deschanel na livraria que você tem sonhado em hidratar seu lindo rosto por uma hora toda noite e se sente culpado quando ela come outra coisa que não seja salada no almoço. Ela será uma cirurgiã em 10 anos. O que você tem para oferecer?

“Bem, eu estou fudendo com os otários sendo assim.”
“O que, então você está dizendo que eu não consigo pegar garotas como ela a não ser que tenha um bom emprego e muito dinheiro?”
Não, seu cérebro vai direto para essa conclusão para que você tenha uma desculpa por tudo que o rejeita pensando que eles somente estão sendo egoístas e superficiais. Estou perguntando, o que você tem a oferecer? Você é inteligente? Engraçado? Interessante? Talentoso? Ambicioso? Criativo? Ok, agora o que você faz para demonstrar esses atributos para o mundo? Não diga que você é um cara legal ? Esse é o mínimo que você tem que ser. Garotas legais tem caras sendo legais com elas 36 vezes ao dia. O paciente está sangrando na rua. Você sabe como operá-lo ou não?
Bem, eu não sou sexista ou racista ou ganancioso ou superficial ou mal-educado! Não sou igual aqueles otários!”
Desculpe-me, eu sei que isso é difícil de ouvir, mas se tudo que você pode fazer é listar um monte de defeitos que você não tem, então se afaste do paciente. Há um cara inteligente e bonito com uma carreira promissora pronto para ajudar e operar.


   ”Espere, eu disse que não iria bater em você!”

Isso quebra o seu coração? Ok, então e agora? Você vai ficar se lamentando sobre isso, ou irá aprender como fazer a cirurgia? É por sua conta, mas não reclame sobre como as garotas se apaixonam por idiotas; elas se apaixonam por aqueles idiotas porque aqueles idiotas tem outras coisas que podem oferecer. “Mas eu sou um bom ouvinte” Você é? Porque você está disposto a ficar quieto em seu canto em troca da chance de estar perto de uma garota linda (e gastar cada segundo imaginando quão macia sua pele deve ser)? Bem, adivinhe só, há outro cara na vida dela que também sabe fazer isso, e ele também sabe tocar guitarra! Dizer que você é um cara legal é como um restaurante em que a única especialidade é que a comida não o deixe doente. Você é como um filme novo que o título é “Esse Filme é legendado”, e o subtítulo é “Os atores estão bem visíveis”.
Eu acho que é por isso que você pode ser um “cara legal” e ainda assim se sentir mal consigo mesmo. Especificamente…

#3. Você se odeia porque você não faz nada



“Então e agora, você está dizendo que eu deveria ler um livro sobre como pegar garotas?”
Somente se o primeiro passo do livro é “Comece a se tornar o tipo de pessoa que as garotas querem estar perto!”

“Vamos lá. Eu sei que escondi vodka por aqui”
Por que essa é a etapa é esquecida? Como eu consigo um emprego? Como eu me torno o tipo de pessoa que os empregadores querem? Como eu consigo que garotas lindas gostem de mim? Ao invés de “Como eu me torno o tipo de pessoa que as garotas legais curtem?”. Veja, porque naquele segundo pode ser que você tenha que abrir mão de vários de seus hobbies favoritos e dar mais atenção à sua aparência, e sabe-se lá deus mais o quê. Talvez você até tenha que mudar sua personalidade. E isso nem sempre é algo agradável. Até que ponto você está disposto à ir para conquistar aquilo que você deseja?
“Mas por que eu não posso simplesmente achar alguém que goste de mim como eu sou?”, você pode perguntar. A resposta é porque os humanos precisam de coisas. A vítima está sangrando, e tudo que você pode fazer é baixar a cabeça e se lamentar que não há ferimentos de balas que se curem sozinhos? Aqui vai outro vídeo:





Todo mundo que viu o vídeo instantaneamente se tornou mais feliz, embora nem sempre pelas mesmas razões. Você pode fazer isso para as pessoas: Por que não? O que está impedindo você de balançar, com um notório fio dental e capa, em pleno palco, seu pênis para as pessoas? Aquele cara sabe a arte secreta de vencer na vida: que fazer… o que quer que você chame aquilo… era melhor do que não fazer aquilo.
“Mas eu não sou bom em nada!” Bem, tenho boas notícias: com algumas horas de repetição você pode ficar um pouco bom em qualquer coisa. Eu era o pior escritor do planeta quando era adolescente. Eu só fiquei um pouco melhor com 25 anos. Mas enquanto estava falhando miseravelmente na minha carreira, eu escrevi no meu tempo livre, por oito anos seguidos, um artigo por semana, antes que eu ganhasse dinheiro de verdade com isso. Levou 13 longos anos para eu me tornar bom o suficiente para entrar na lista de best-sellers do New York Times. Precisei de provavelmente 20.000 horas de prática para tirar algo que preste.
Não gosta da perspectiva de gastar todo esse tempo em aprender uma habilidade? Bem, eu tenho uma boa e má notícia. A boa notícia é que o simples ato de praticar irá ajudá-lo a sair de sua casca: eu passei por anos de tedioso trabalho de escritório porque eu sabia que estava aprendendo uma habilidade única apesar de tudo. As pessoas desistem porque leva muito tempo para ver os resultados, porque elas não entendem que o processo é o resultado.
A má notícia é que você não tem escolha. Se você quer trabalhar aqui, venda.

Por que na minha opinião de não-expert, você não se odeia porque você tem baixa auto-estima, ou porque outras pessoas são más com você. Você se odeia porque não faz nada. Você nem mesmo pode “amar você por amar”. Esse é o motivo de você ser miserável e me mandar mensagens sobre o que você deve fazer com sua vida..

Primeiro passo: Acorde
Faça as contas: Quanto de seu tempo é gasto em consumir as coisas que outras pessoas fizeram (TV, música, videogames, sites) contra as feitas por você? Somente um desses dois adiciona valor a você como ser humano.
E se você odeia ouvir isso e está respondendo com algo que você ouviu quando criança que se parece com “É o interior que importa!” então eu só posso dizer…

#2. O seu interior só importa por causa do que faz você fazer


Estando no ramo que estou, conheço dúzias de aspirantes a escritores. Eles acham a si mesmos escritores, ele se apresentam como escritores nas festas, eles sabem que, no fundo, eles têm o coração de escritor. A única coisa que eles estão esquecendo é daquele pequeno passo final, em que eles realmente escrevem coisas fodásticas.
Mas isso realmente importa? Escrever coisas? É mesmo tão importante quando se decide quem é ou não é realmente um “escritor” ?
Pelo amor de deus, sim.

Eu conheci “escritores” que escreveram menos que uma mulher fazendo a lista do supermercado.
Veja, há uma defesa comum contra tudo que eu disse até agora, e contra qualquer voz crítica em sua vida. É aquilo que seu ego está dizendo a você com o objetivo de evitar que você tenha o trabalho duro de mudar: “Eu sei que sou uma boa pessoa por dentro”. Também pode ser visto como “Eu sei quem eu sou” ou “Eu só tenho que ser eu“.
Não me leve a mal; quem você é por dentro é tudo – o cara que construiu uma casa para sua família do nada fez isso por causa do que ele era por dentro. Toda coisa ruim que você já tenha feito começou com um impulso ruim, algum pensamento ricocheteando dentro de seu crânio até que você teve que agir. E toda coisa boa que você tenha feito passou pelo mesmo processo – “o que você é por dentro” é o solo metafórico a partir do qual seu fruto cresce.

Percebam como a câmera está posicionada, e não está na base da árvore.
Mas é aqui que todo mundo precisa saber e que muitos de vocês precisam saber: “Você” não é nada senão o fruto.
Ninguém se importa com seu solo. “Quem você é por dentro” não tem importância além do que é produzido para outras pessoas.
No interior, você tem uma grande compaixão por pessoas pobres. Legal! Isso resulta com você fazendo algo a respeito? Você ouviu sobre alguma tragédia terrível em sua comunidade e disse, “Oh, pobres crianças carentes. Deixe-as saberem que estão nos meus pensamentos”. Por que razão tais crianças dariam qualquer importância à esse ato? Descubra o que elas precisam e as ajude a conseguir! Pensamento sem ação é uma idéia que não nasceu para o mundo! Cem milhões de pessoas assistiram o vídeo do Kony, virtualmente todas elas mantiveram as pobres crianças africanas “em seus pensamentos”. O que o poder coletivo daqueles bons pensamentos resultou? Porra nenhuma! Crianças morrem todos os dias por causa de milhões de nós que dizem a si mesmos que se preocupar é tão bom quanto fazer. É um mecanismo interno controlado pela parte preguiçosa de nosso cérebro que mantém você longe de realmente fazer algo.

Só quero dizer que você está em meus pensamentos. Boa sorte! Me informe se eles curaram você.
Quantos de vocês estão andando por aí agora dizendo, “Ela/ele me amaria se ela/ele conhecesse a pessoa interessante que sou!“. Você está falando sério? Como todos os seus interessantes, pensamentos e ideias se manifestam no mundo? O que eles fizeram você fazer? Se a garota dos seus sonhos tem uma câmera escondida que o seguisse por um mês, ela ficaria impressionada com o que visse? Lembre-se, ela não pode ler sua mente: somente pode observar! Ela gostaria de se tornar parte de sua vida?
Porque o que estou pedindo que você faça é aplicar o mesmo procedimento que você próprio aplica a todos os outros. Você não tem aquele amigo cristão chato que a única ajuda que oferece aos outros é “rezar por eles”? Isto não o deixa louco? Nem estou discutindo se a reza funciona ou não; não muda o fato que eles escolheram um tipo de ajuda que não requer que tirem a bunda do sofá. Eles se abstém de qualquer vício, eles pensam em coisas boas, seu solo interno é tão puro quanto pode ser, mas quais os frutos que crescem disso? E eles devem saber disso mais do que ninguém : eu roubei a metáfora do fruto da bíblia. Jesus disse algo sobre o efeito de “uma árvore é julgada pelo seu fruto” várias e várias vezes. Cansou de dizer! Jesus nunca disse, “se você quer trabalhar aqui, venda“. Não, ele disse, “toda árvore que não gera bons frutos é cortada e jogada na fogueira!”

“E então um búfalo irá olhar estupidamente para sua alma enquanto come grama e peida suavemente”
As pessoas não reagiram bem ao dizer isso, assim como os vendedores não reagiram bem ao Alex Baldwin os dizendo que eles precisam ter colhões ou se limitar a engraxar seu sapato. O que nos leva ao ponto final…

#1. Tudo dentro de você lutará contra a mudança


A mente humana é um milagre, e você nunca a verá entrando tão belamente em ação quanto ela lutando contra as evidências que é preciso mudar. Sua psique é equipada com camadas e mais camadas de mecanismos de defesa projetados para acabar com qualquer coisa que possa tirar as coisas exatamente de onde estão, pergunte a qualquer viciado como é.
Então mesmo agora, alguns de vocês ao lerem isso estão sentindo seus cérebros bombardeando-os com razões instintivas para rejeitar tudo isso. Por experiência própria, posso dizer que isso virá na forma de…
*Interpretando intencionalmente qualquer crítica como um insulto:
“Quem é ele para me chamar de preguiçoso e imprestável! Uma boa pessoa nunca falaria comigo desse jeito! Ele escreveu tudo isso somente para se sentir superior a mim e fazer eu me sentir mal sobre minha vida! Eu mesmo irei pensar em um bom insulto para chegar no mesmo nível dele!”
*Focando-se no mensageiro para evitar ouvir a mensagem:
”Eu vou procurar por aqui até que ache uma piada que é ofensiva quando tirada do contexto, e então só falar e pensar sobre isso! Eu ouvi que uma única palavra ofensiva pode render um livro inteiro que não foi lido por ninguém!”

“Quando você chegar onde eu estou na vida, sinta-se livre para me dar conselhos! Até lá, você não é nada além de carne e palpites”
*Focando-se no tom para evitar ouvir o conteúdo:
Correndo para formular um argumento Ad Hominem – ”Quem é ESSE CARA para ME dizer como devo viver? Oh, como se ele fosse tão bom e foda! É somente um escritor idiota na internet! Eu vou desenterrar algo sobre ele para ter certeza que ele é um estúpido, e que tudo que ele está dizendo é estúpido! Esse cara é tão pretensioso, me faz vomitar! Eu assisti um antigo vídeo do youtube de um rap dele e achei completamente sem ritmo!”
*Revisando sua própria história:
“As coisas não são tão ruins! Eu sei que tentei me suicidar mês passado, mas estou me sentindo melhor agora! É totalmente possível que se eu continuar fazendo exatamente o que estou fazendo, eventualmente as coisas irão dar certo! Eu terei minha grande chance, e se continuar fazendo favores para aquela garota linda, eventualmente ela dará mole pra mim!”.
*Fingindo que qualquer mudança seria de alguma forma vender o seu verdadeiro eu:
”Oh, então eu acho que supostamente devo me livrar de todos os meus mangás e ir para a academia por seis horas por dia e ter um bronzeado artificial igual aqueles babacas do Jersey Shore? Por que ESSA É A ÚNICA OUTRA OPÇÃO?.”

“Caminho para deixar a cidade pra trás, babaca. Com dinheiro ou sem, você sera sempre uma merda!”
E por aí vai. Lembre-se: a infelicidade é confortável. Por isso muitas pessoas preferem isso. A felicidade requer esforço.
E também requer coragem. É incrivelmente reconfortante saber que enquanto você não cria nada em sua vida, então ninguém pode criticar a sua criação.
É muito mais fácil só ficar sentado no sofá e criticar as criações de outras pessoas. Esse filme é estúpido. Essas crianças são umas pirralhas. O relacionamento daquele casal é uma zona. Aquele cara rico é ganancioso. Esse restaurante não presta. Esse escritor na internet é um babaca. É melhor deixar um comentário maldoso pedindo que o site o demita. Veja, eu criei algo.
Oh, espera aí, eu esqueci de mencionar essa parte? Sim, qualquer coisa que você tente construir ou criar – seja um poema, ou uma nova habilidade, ou um novo relacionamento – você imediatamente irá se deparar por não-criadores que destroem tudo. Talvez não seja na sua frente, mas irão fazer isso. Seus amigos bêbados não querem que você fique sóbrio. Seus amigos gordos não querem que você comece uma dieta. Seu amigo desempregado não quer que você comece uma carreira.
Mas lembre-se, eles estão somente expressando seu próprio medo, desde que destruir o trabalho de alguém é outra desculpa para não fazer nada. “Por que eu devo criar algo quando o que os outros criam é lixo?” “Eu teria escrito um romance inteiro agora, mas eu irei esperar para ser algo bom, não quero escrever o próximo Crepúsculo.” Desde que eles não produzam nada, será sempre perfeito e irrepreensível. Ou se eles produzirem algo, terão certeza de fazer algo com uma imparcial ironia. Farão algo intencionalmente ruim para deixar claro para todos que não foi com seu verdadeiro esforço. Seu esforço verdadeiro teria resultado em algo espetacular. Não como a merda que você fez.




Leia os comentários dos nossos artigos – quando eles são desagradáveis, é sempre do mesmo tipo: “Quem é você para dizer isso? Por que não para de fazer esses posts? Isso é hipocrisia! Pare de generalizar, isso é diferente do que eu teria feito, e a atenção que você está recebendo está fazendo eu me sentir mal comigo mesmo?!” entre outros.

Não seja essa pessoa. Se você é essa pessoa, não seja essa pessoa nunca mais. Isso é o que está fazendo as pessoas odiarem você. Isso que está fazendo você odiar você mesmo.


O que você irá fazer com isso? Caça às bruxas ou começar as olimpíadas?
Então que tal isso: um ano. Junho de 2014, esse é o seu prazo. Ou um ano a partir do dia que você ler esse artigo. Enquanto outras pessoas estão dizendo a você “Vamos fazer uma resolução de Ano Novo para perder 15 quilos esse ano” eu diria vamos se empenhar em fazer qualquer coisa “aprender algo, qualquer melhoramento a você como ser humano, e tirar o máximo disso para impressionar as pessoas”. Não me pergunte como “porra, escolha algo aleatoriamente se você não sabe”. Faça aulas de karatê, dança de salão, ou cerâmica. Aprenda a cozinhar. Construa um viveiro. Aprenda massagens. Aprenda uma linguagem de programação. Adote um codinome de superherói e combata o crime. Comece um vlog no youtube.Traduza e legende vídeos para o L+
Mas a ideia é, eu não quero que você se foque em algo animal que fará tudo dar certo para você (“Irei achar uma namorada, ganhar muito dinheiro…”). Eu quero que você se foque puramente em dar a você mesmo uma habilidade que irá torná-lo um pouco mais interessante e valoroso para as outras pessoas.

“Cacete, aprendendo espanhol, eu ganhei a habilidade de falar com 400 milhões de pessoas que antes eu não podia.”
“Eu não tenho dinheiro para fazer uma aula de culinária”. Você tem acesso à Internet, não tem? Então digite no google “como cozinhar”. Eles até filtram o pornô – sim, agora eles filtram – e estará lá várias lições para você aprender, está mais fácil do que nunca. Porra, você tem que parar com essas desculpas. Ou elas irão acabar com você.
Se você quer anotar seu projeto no fórum ou nos comentários e verificar depois de um ano, sinta-se à vontade. Estarei curioso para ver se ao menos uma pessoa fará isso, mas se rolar iremos ver, não somente se conseguimos ou não cumprir a tarefa, mas o porquê. Você não tem nada a perder, e o mundo precisa de você.


Originalmente extraído do blog Relato de um Empreendedor.

Fonte: Artigo indicado por Rodrigo Pinto, 
retirado e traduzido pelo site http://www.libertarianismo.org/.

Escrito por David Wong


Por que deixar chorar até que se durma realmente funciona? - ou "CÉUS! PARI O DARTH VADER!"

By : Unknown


A mãe passou 9 meses sonhando com a chegada do filho, preparando o ambiente para recebê-lo. Comprou um berço lindo, seguro e confortável, pronto para aquecê-lo quando chegasse, onde ele dormiria como anjo em suas sonecas diurnas e no longo e profundo sono noturno. Providenciou um pijaminha quentinho, que o ajudaria a dormir mais relaxado. Ganhou CDs de músicas para bebês, que sonhava em colocar para embalar o sono da cria.

Ela sonhava com uma rotina pós-nascimento linda: banhos de sol todos os dias (já reparou como nos sonhos não chove?), mamadas frequentes e abundantes, brincadeirinhas fofas, beijos, abraços, muito amor, o banhinho de fim de tarde, o pijaminha quentinho, o embalar para dormir, a música tranquila, a mãe cantando uma suave canção de ninar enquanto embala docemente seu bebê que, aos poucos, fecha os olhinhos e simplesmente dorme. Sonho perfeito: o bebê relaxa, dorme, tranquilo e feliz, até o dia seguinte, enquanto sua mãe aproveita o horário noturno para um tratamento de beleza, um retoque nas unhas, um livrinho bacana, um filme divertido, um estudo mais profundo ou um chamego com o companheiro.
Então, enfim, chegou o bebê.
E, junto com o bebê, chegou a vida real, pra acabar com tudo.
Tchau, sonho, um beijo pra você!
Por que raios a vida insiste em se meter nos nossos sonhos?! Nunca dá muito certo isso.

E então os planos não saem bem como o esperado e, de repente, o bebê não quer dormir.
Ele simplesmente quer ficar acordado com sua mãe, em seu colo quente e confortável, porque, afinal, ela é seu porto seguro e ele ainda não sabe que depois do dormir vem o acordar, que o devolverá a mãe que o sono levou. Ele sabe, apenas, que "DORMIU = SEPAROU".
Com a recusa do bebê em dormir, lá se foi para a Terra do Nunca o sonho feliz de Pollyanna.
Polly - vou chamá-la carinhosamente, porque acredito que ela habite em quase todas nós, ainda que se esconda bem - começa a se questionar sobre o que está fazendo de errado.
Será que mamou demais?
Será que mamou de menos?
Será que é a fralda?
Cólicas?
Coceira?
Dor em algum lugar?
Ansiedade?
Será um "bebê high need"? - não gosto muito desse nome, mas voilá.
"O que está acontecendo com meu filho?!"
Então, aquela amiga super experiente em assuntos de maternidade, ao saber que o filho de Polly não quer saber de dormir no horário e na rotina estabelecida (no sonho), que não quer saber de se comportar e de aceitar a rotina da família, prepara sua voadora, pega impulso, sai correndo e PÁ!, acerta em cheio, com os dois pés, o peito cheio de leite de Polly. E dispara (sem nem que alguém tenha pedido sua opinião): "Polly, amiga, meus filhos dormiam a noite IN-TEI-RI-NHA! Isso é MANHA, minha filha. Você precisa ensinar esse menino a dormir!".
E então, Polly se sente ainda pior...
Outras amigas, na tentativa de ajudá-la (todo mundo quer ajudar), também palpitam: "Polly, amiga, esse menino está te manipulando! Está de manha, de birra! Você não pode ceder, com o risco de estar criando um pequeno tirano".
Além de se sentir culpada e de pegar trauma da palavra "amiga" dita logo após seu nome, Polly entristece...
Puxa vida, com que facilidade seu bebezinho se transformou de um bebê normal em um manipulador de adultos! Será mesmo seu filho um pequeno tirano? Um serzinho perverso? Que usa de manhas e artimanhas para manipulá-la? Que fica confabulando sobre qual a melhor estratégia para manipular a tonta da mãe?
Polly entra em crise:
"Céus! Terei parido Darth Vader?!"
Polly se deprime...
Passa a achar que seu filho não é "como os demais", afinal "os demais" (os de suas amigas) dormem a noite toda. De duas uma: ou ela está fazendo alguma coisa errada mesmo, ou terá que admitir: pariu o rei do lado negro da força. Um bebê indisciplinado, manhoso, birrento, manipulador.

Polly então começa a busca por aprender a fazer o filho dormir. E descobre que existem algumas técnicas divulgadas em livros que GARANTEM que o bebê dormirá facilmente em poucas noites.
Polly ouve e lê alguns comentários sobre esses livros, gente dizendo que "Funcionou! É um milagre!", enche-se de esperança, o compra, lê e começa a "domar o seu bebê", no melhor estilo "Como domar o seu dragão".
Então ela aprende que tudo bem deixar seu bebê chorar até aprender a dormir porque, afinal, "por trás de um filho que dorme tranquilo, há uma mãe que dorme tranquila". Polly já tinha ouvido algumas mulheres falando sobre os prejuízos de se deixar chorar para que se "aprenda" a dormir. Gente que pesquisava sobre o assunto e que sabia da existência de muitos trabalhos científicos comprovando os prejuízos do choro como forma de treinamento. Mas Polly não as conhece, como pode dar ouvidos a gente que não conhece?

"E essa história de ciência, vocês vão me desculpar, mas isso não serve pra cuidar de filho, não. E olha: até aquela grande revista já mostrou que não tem problema deixar criança chorar. Até parece que essa mulherada vai saber mais que essa revista, né? Estou tranquila, estou respaldada, vou continuar com meu plano. Afinal, o doutor pedí diz aqui no livro que é infalível e minha amiga disse que funciona, que é um milagre!".

Então Polly começa a colocar em prática o método de treinamento.
Mas aí acontece algo pelo qual ela não esperava: ela não se sente bem.
Não se sente bem porque aquilo, para ela, não parece natural.
Não faz sentido, considerando seus próprios valores, fazer um bebê "aprender" com base no choro. Porque o choro, oras, é um sinalizador de que algo não está bem! Como ignorá-lo? Ler é uma coisa, fazer é outra. Dói em seu coração saber que seu bebê está chorando na tentativa de mostrar que precisa dela, e ela não o atender.
Então Polly decide abandonar as regras ditadas e seguir seu coração.
Vai até o berço, olha para seu filho e sente: não, você não é Darth! Vem com a mamãe, Luke!
O pega com carinho, o aninha em seus braços, junto ao seu peito, e dá seu colo a ele. E então, Luke para de chorar...
Luke queria o colo da mãe, a presença física da mãe, seu calor e as batidas do seu coração. Nesse momento, Polly percebe que, ainda que Luke não durma no horário que ela havia planejado, nem da maneira como havia pensado, uma coisa valiosa acontece: ela está tranquila com sua decisão. Aquela velha história de "o caminho escolhido tem um coração?"...
E por trás de uma mãe tranquila com sua decisão, há, com certeza, um bebê tranquilo.
Polly, então, passa a rever o seu percurso e chega à conclusão de que o erro estava no sonho. Porque embora fosse um sonho lindo, ele pecava em um ponto: desconsiderava totalmente o próprio bebê e sua personalidade. Em nenhum momento se pensou que aquele bebê não conhecia a rotina do lar onde ele chegou, como acontece exatamente com todos os bebês. Ele poderia se adaptar. Ou não. E o fato de se adaptar rapidamente não o torna um super bebê expert pró-master versão uploaded. Ou, ao contrário, o fato de não se adaptar não faz dele um bebê-problema.
Ele apenas é assim. Não quer dormir, quer ficar com a mãe, quer colo. Eu o entendo: colo de mãe é mesmo coisa boa demais.
Mas como é que fica aquele papo de que deixar chorar até que durma funciona mesmo?
Se funciona?
Claro que funciona!
Funciona sim.
E eu vou te explicar porque funciona.
Para isso, façamos algumas analogias.

  1.  Um amigo seu pede para que você faça um grande favor a ele, coisa que vai demandar tempo, esforço e deixar suas próprias coisas de lado para ajudá-lo. Você faz de bom grado. Terminada a tarefa, seu amigo dá  tchau e vai-se embora, sem sequer agradecê-la ou abraçá-la. Qual a chance de você ajudá-lo novamente?
  2. Você conquista uma grande vitória no trabalho, chega em casa animada, feliz, e compartilha com seu companheiro a sua alegria. Conta tudo, nos mínimos detalhes. Assim que termina de contar, seu companheiro diz: "Dá um passinho pro lado, por favor? Tá passando Palmeiras e Santos". Qual a chance de você fazer a mesma coisa no dia seguinte, e no outro, e durante toda a semana?
  3. Uma amiga querida combina de te ligar para um café, já que faz tempo que quer te reencontrar. Ela liga uma vez, liga duas, liga três, liga quatro, liga cinco, mas você nunca pode. Qual a chance dela continuar tentando?
  4. Um aluno de 8 anos, em meio à aula, cria coragem e levanta a mão para fazer uma pergunta à professora. Ele pergunta e, na sequência, a professora vira as costas e continua falando sobre o que estava falando antes. Qual a chance dessa criança perguntar novamente?
  5. Você votou em um candidato político. Durante seu mandato, ele foi condenado pela justiça, teve seu impeachment decretado e ficou sem poder se candidatar por anos, por ter roubado uma imensa quantia de dinheiro que era destinada para projetos que ajudariam a melhorar a qualidade de vida dos cidadãos brasileiros. Qual a chance de você votar nele novamente? (Ok, Brasil, pule para a próxima questão, não precisa responder...)

Ok. Acho que deu pra entender a semelhança em todos esses casos, não?
Sabe por que a chance de que esses mesmos comportamentos aconteçam novamente é mínima?
Porque aconteceu o que chamamos de EXTINÇÃO do comportamento.
A extinção de um comportamento acontece quando uma resposta deixa de ser reforçada, ou seja, quando há OMISSÃO do reforço. No caso do aluno de 8 anos que fez uma pergunta, por exemplo, o reforço para que ele continuasse participativo e interessado seria a professora ter dedicado atenção e empatia para responder ao seu questionamento. Como o reforço não aconteceu, então aquele comportamento tende a ser EXTINTO. Ou seja, é um procedimento eficaz para obter a diminuição gradual de algo. "Ahhh, olhaí! Viu?! Então, se eu quero que meu filho pare de chorar e aprenda a dormir, o processo de EXTINÇÃO do comportamento, por meio de não acalentá-lo, não pegá-lo no colinho, está certo mesmo! Ele vai parar de chorar e, enfim, irá dormir!".
Calma, amiga, ainda não terminamos. É preciso saber tudo sobre o processo...

Volte aos exemplos de 1 a 5 e responda: o que terá sentido aquela pessoa cujo comportamento não obteve resposta e que, provavelmente, também será extinto?
Como essa pessoa se sentiu? O que sentiu no momento em que a resposta que ela esperava que acontecesse, não aconteceu? É bom esse sentimento? Ele dá origem a boas coisas?
Como você se sentiu quando seu amigo não te agradeceu ou abraçou e como ficou sua relação com ele depois?
Como você se sentiu quando seu companheiro ou companheira não te deram o retorno emocional que você esperava nesse momento importante da sua vida? Será que rolou um DR depois?
Como será que sua amiga se sentiu - ou se sente - sabendo que você não consegue destinar um tempo a ela?
Como se sentiu o gurizinho de 8 anos quando a professora virou as costas à sua dúvida?
Como você se sentiu quando o seu candidato te roubou, e aos seus amigos, e aos seus filhos, e àqueles que passam dificuldades?
Não. Não são bons sentimentos...

Essa é a dimensão do problema.
Se deixar chorar funciona? Claro que funciona. Um comportamento realmente se extingue quando a resposta esperada não vem. Quando um bebê chora por algumas horas, por alguns dias, querendo o colo da mãe e a mãe, porque está colocando em prática um método que promete salvá-la, não dá aquilo que o bebê pede, ele tende a parar de chorar mesmo.
Agora, como será que ele se sente? O que te faz crer que a frustração e chateação que você sente quando não recebe resposta é diferente da dele?
Onde entra a Regra de Ouro nessa relação? Aquela, que sugere que tratemos os outros da maneira como queremos ser tratados (sádicos, vão dar uma voltinha agora, essa pergunta não é para vocês).

Os métodos baseados na extinção do comportamento realmente são válidos. Quase sempre.
Mas será mesmo que devem ser utilizados sempre, como um "guia"?
Pollyana não conseguiu. Ela se sentiu ferida por imaginar que os sentimentos do seu filho também poderiam estar sendo feridos.

Nesse método baseado em tentar extinguir o comportamento de chorar daquele bebê, podem acontecer alguns problemas, totalmente previstos pela teoria psicológica.
Um exemplo: se a mãe decidiu (mesmo que ela mesma esteja sofrendo com isso) ignorar o choro, ou não pegá-lo no colo, deixando o bebê chorar até que durma, mas o pai não conseguiu, ou a avó, ou a amiga, ou qualquer pessoa por perto que se sentiu aflita com o choro, e essa pessoa invadiu o quarto e pegou a criança no colinho, PREVEJA O EFEITO DISSO. A criança sabe que pode ser acalmada por um colinho, a família sabe que pode acalmar o bebê com o colinho, e o bebê sabe quem deu e quem não deu o colinho. E se você acha que, assim, está criando um tirano: desculpe, mas não é ele quem está no lado negro da força. Não acho muito coerente demonizar as crianças quando somos nós quem estamos negando acolhimento para que "aprendam o que queremos que aprendam, com base no nosso sonho ilusório".
Outra questão: a própria teoria afirma que, em algumas situações, pode ser cruel privar aquele indivíduo da atenção da qual precisava - e o CHORO é uma dessas situações. Porque o choro é um claro sinalizador de que algo não vai bem, indica dor, sofrimento emocional ou outra necessidade. Se uma criança está chorando e já é possível dialogar com ela, então que façamos isso. Mas um bebê tem no choro sua principal forma de comunicação. Não parece muito razoável que os ensinemos a deixarem de se comunicar quando precisam de algo, não é?
Uma última questão: o método da extinção do comportamento apresenta mais um ponto delicado. O processo de extinguir um comportamento (em nosso caso, o choro que antecede o dormir sozinho) pode produzir agressividade. Ah vá, que ninguém te contou?!
Por agressividade não estamos considerando somente a violência em si, mas a amplificação do comportamento que se quer extinguir. Ou seja: se o bebê foi deixado chorando, com a esperança de que, omitindo o acolhimento físico, ele vá se acostumar e finalmente dormir, esteja preparada para o fato de que ele pode, SIM, chorar ainda mais, no lugar de simplesmente dormir. Essa é uma situação prevista pela teoria.

É isso.
Se o método funciona?
Claro que funciona.
Ele para de chorar por extinção do comportamento e, com o tempo, dorme sem chorar - ainda que sua mãe não o embale - por condicionamento. A mãe o condicionou a isso. E ele não chora mais quando colocado para dormir sozinho porque aprendeu que não adianta chorar que sua mãe não vai pegá-lo no colo. Se alguém te disse que o que ele aprendia era "a dormir", te enganaram...
As teorias psicológicas não são mera teorização. Nossos comportamentos cotidianos, dos mais simples aos mais complexos, podem ser explicadas por elas.
Mas há que se ter sempre em mente os resultados das escolhas.
Sempre.
Não é ético ignorar uma parte do processo apenas porque ele não é tão bonito quanto você esperava que fosse.Também não adianta fingir que não existe.
O ideal é conhecer a fundo tudo, para que se possa escolher.
Polly não nasceu sabendo ser mãe - assim como todas as suas amigas. E as amigas das amigas.
Mas Polly preferiu ouvir seu coração que, de certa forma, é muito mais coerente com o que acontece no íntimo do seu bebê. Polly pegou para si a RESPONSABILIDADE de ser guiada por seu sentimento em relação ao filho. E pegar para si a responsabilidade disso é assumir os riscos inerentes. Porque uma coisa é dizer: "Mas eu só fiz o que o livro mandou" e outra bem diferente é dizer: "Sim, eu fiz porque eu quis, porque assim senti que devia fazer". Ainda assim, para Polly, foi muito mais tranquilizador do que simplesmente seguir um método que - SIM! - funciona.
Às custas de que? Aí é outra história. Que não é todo mundo que quer contar não...
Hoje, Polly e Luke (ou Padmé) vivem mais conectados. Luke sabe que, na hora de dormir, pode contar com o colinho de sua mãe.
Ainda que ele não durma do jeito que ela sempre sonhou...


E quem disse que nossos sonhos contêm aquilo do que realmente precisamos para sermos felizes?
Afinal, é na vida - e não no sonho - que vivemos.
Cuidado você deve ter, com fórmulas e métodos que salvadores se dizem. E também com os que, de manipuladores, as crianças chamam .
Já diria Mestre Yoda.

Texto extraído do blog Cientista que virou mãe!

Trecho do livro Mulheres que correm com Lobos - Clarissa Pinkola

By : Unknown

"Todas nós temos anseio pelo que é selvagem. Existem poucos antídotos aceitos por nossa cultura para esse desejo ardente. Ensinaram-nos a ter vergonha desse tipo de aspiração. Deixamos crescer o cabelo e o usamos para esconder nossos sentimentos. No entanto, o espectro da Mulher Selvagem ainda nos espreita de dia e de noite. Não importa onde estejamos, a sombra que corre atrás de nós tem decididamente quatro patas."
"Os lobos saudáveis e as mulheres saudáveis têm certas características psíquicas em comum: percepção aguçada, espírito brincalhão e uma elevada capacidade para a devoção. Os lobos e as mulheres são gregários por natureza, curiosos, dotados de grande resistência e força. São profundamente intuitivos e têm grande preocupação para com seus filhotes, seu parceiro e sua matilha. Tem experiência em se adaptar a circunstâncias em constante mutação. Têm uma determinação feroz e extrema coragem."
"As questões da alma feminina não podem ser tratadas tentando-se esculpi-la de uma forma mais adequada a uma cultura inconsciente, nem é possível dobrá-la até que tenha um formato intelectual mais aceitável para aqueles que alegam ser os únicos detentores do consciente. "
"Não importa a cultura pela qual a mulher seja influenciada, ela compreende as palavras mulher e selvagem intuitivamente.
Quando as mulheres ouvem essas palavras, uma lembrança muito antiga é acionada, voltando a ter vida. Trata-se da lembrança do nosso parentesco absoluto, inegável e irrevogável com o feminino selvagem, um relacionamento que pode ter se tornado espectral pela negligência, que pode ter sido soterrado pelo excesso de domesticação, proscrito pela cultura que nos cerca ou simplesmente não ser mais compreendido. Podemos ter-nos esquecido do seu nome, podemos não atender quando ela chama o nosso; mas na nossa medula nós a conhecemos e sentimos sua falta. Sabemos que ela nos pertence; bem como nós a ela."
"O anseio pela mulher selvagem surge quando nos encontramos por acaso com alguém que manteve esse relacionamento selvagem. Ele brota quando percebemos que dedicamos pouquíssimo tempo à fogueira mística ou ao desejo de sonhar, um tempo ínfimo à nossa própria vida criativa, ao trabalho da nossa vida ou aos nossos verdadeiros amores."
"Quando as mulheres reafirmam seu relacionamento com a natureza selvagem, elas recebem o dom de dispor de uma observadora interna permanente, uma sábia, uma visionária, um oráculo, uma inspiradora, uma intuitiva, uma criadora, uma inventora e uma ouvinte que guia, sugere e estimula uma vida vibrante nos mundos interior e exterior. Quando as mulheres estão com a Mulher Selvagem, a realidade desse relacionamento transparece nelas. Não importa o que aconteça, essa instrutora, mãe e mentora selvagem dá sustentação às suas vidas interior e exterior."
"De que maneira a Mulher Selvagem afeta as mulheres? Tendo a Mulher Selvagem como aliada, como líder, modelo, mestra, passamos a ver, não com dois olhos, mas com a intuição, que dispõe de muitos olhos. Quando afirmamos a intuição, somos, portanto, como a noite estrelada: fitamos o mundo com milhares de olhos."
"0 arquétipo da Mulher Selvagem, bem como tudo o que está por trás dele, é o benfeitor de todas as pintoras, escritoras, escultoras, dançarinas, pensadoras, rezadeiras, de todas as que procuram e as que encontram, pois elas todas se dedicam a inventar, e essa é a principal ocupação da Mulher Selvagem. Como toda arte, ela é visceral, não cerebral. Ela sabe rastrear e correr, convocar e repelir. Ela sabe sentir, disfarçar e amar profundamente. Ela é intuitiva, típica e normativa. Ela é totalmente essencial à saúde mental e espiritual da mulher."
"E então, o que é a Mulher Selvagem? Do ponto de vista da psicologia arquetípica, bem como pela tradição das contadoras de histórias, ela é a alma feminina. No entanto, ela é mais do que isso. Ela é a origem do feminino. Ela é tudo o que for instintivo, tanto do mundo visível quanto do oculto - ela é a base. Cada uma de nós recebe uma célula refulgente que contém todos os instintos e conhecimentos necessários para a nossa vida.
Ela é a força da vida-morte-vida; é a incubadora. É a intuição, a vidência, é a que escuta com atenção e tem o coração leal. Ela estimula os humanos a continuarem a ser multilíngües: fluentes no linguajar dos sonhos, da paixão, da poesia. Ela sussurra em sonhos noturnos; ela deixa em seu rastro no terreno da alma da mulher um pêlo grosseiro e pegadas lamacentas. Esses sinais enchem as mulheres de vontade de encontrá-la, libertá-la e amá-la.
Ela é idéias, sentimentos, impulsos e recordações. Ela ficou perdida e esquecida por muito, muito tempo. Ela é a fonte, a luz, a noite, a treva e o amanhecer. Ela é o cheiro da lama boa e a perna traseira da raposa. Os pássaros que nos contam segredos pertencem a ela. Ela é a voz que diz, "Por aqui, por aqui".
Ela é quem se enfurece diante da injustiça. Ela e a que gira como uma roda enorme. É a criadora dos ciclos. É à procura dela que saímos de casa. É à procura dela que voltamos para casa. Ela é a raiz estrumada de todas as mulheres. Ela é tudo que nos mantém vivas quando achamos que chegamos ao fim. Ela é a geradora de acordos e idéias pequenas e incipientes. Ela é a mente que nos concebe; nós somos os seus Pensamentos."
"Se as mulheres querem que os homens as conheçam, que eles realmente as conheçam, elas têm de lhes ensinar algo do seu conhecimento profundo. Algumas mulheres dizem que estão cansadas, que já se esforçaram demais nessa área. Sugiro humildemente que elas estiveram tentando ensinar um homem sem vontade de aprender. A maioria dos homens quer saber, quer aprender. Quando os homens demonstram essa disposição, é a hora de fazer revelações; não apenas a esmo, mas porque mais uma alma perguntou. "
"0 companheiro certo para a Mulher Selvagem é aquele que tem uma profunda tenacidade e resistência de alma, aquele que sabe mandar sua própria natureza instintiva ir espiar por baixo da cabana da alma de uma mulher e compreender o que vir e ouvir por lá. O bom partido é o homem que insiste em voltar para tentar entender, é o que não se deixa dissuadir."
"Portanto, a tarefa primitiva do homem consiste em descobrir os nomes verdadeiros da mulher, não em usar indevidamente esse conhecimento para ganhar controle sobre ela, mas, sim, para captar e compreender a substância luminosa de que ela é feita, para deixar que ela o inunde, o surpreenda, o espante e até mesmo o assuste. Também para ficar com ela. Para entoar seus nomes para ela. Com isso os olhos dela brilharão. E os dele também."
"É bom ter muitas personas, colecioná-las, costurar algumas, recolhê-las à medida que avançamos na vida. Quando vamos envelhecendo cada vez mais, com uma coleção dessas à nossa disposição, descobrimos que podemos ser qualquer coisa, a qualquer hora que desejemos."


Uma visão crítica do “Parto Humanizado”

By : Unknown

Uma importante questão a ser esclarecida é que o termo "Parto humanizado" não pode ser entendido como um "tipo de parto", onde alguns detalhes externos o definem como tal, como o uso da água ou a posição, a intensidade da luz, a presença do acompanhante ou qualquer outra variável. A Humanização do parto é um processo e não um produto que nos é entregue pronto.

Atualmente um novo termo tem sido utilizado: "Parto Humanizado". Como não houve uma formal definição do termo, ele é usado em todo tipo de circunstância. Para o Ministério da Saúde, parto humanizado significa o direito que toda gestante tem de passar por pelo menos 6 consultas de pré-natal e ter sua vaga garantida em um hospital na hora do parto. Para um grupo de médicos, significa permitir que o bebê fique sobre a barriga da mãe por alguns minutos após o parto, antes de ser levado para o berçário. Em alguns hospitais públicos significa salas de partos individuais, a presença de um acompanhante, alojamento conjunto, incentivo à amamentação, entre outros benefícios. No entanto, o que deve ser discutido é "o atendimento centrado na mulher". Isso deveria ser o correto significado de “parto humanizado”. Se a mulher vai escolher dar à luz de cócoras ou na água, quanto tempo ela vai querer ficar com o bebê no colo após seu nascimento, quem vai estar em sua companhia, se ela vai querer se alimentar e beber líquidos, todas essas decisões deverão ser tomadas por ela, protagonista de seu próprio parto e dona de seu corpo. São as decisões informadas e baseadas em evidências científicas.

Acredito que estamos a caminho de tornar cada vez mais humano este processo, isto é, tornar cada vez mais consciente a importância de um processo que para a humanidade sempre foi instintivo e natural e que, por algumas décadas, tentamos interferir mecanicamente, ao hospitalizarmos o nascimento e ao querermos enquadrar e mecanizar em um formato único as mulheres e o evento parto.

O termo “humanização” carrega em si interpretações diversas. A qualidadede “humano” em nossa cultura quase sempre se refere à idéia arraigada namoral cristã de ser bom, dócil, empático, amável e de ajudar o próximo. Nesse contexto, retirar a mulher de seu “sofrimento” e “acelerar” o parto através de medicações e de manobras técnicas ou cirúrgicas é uma tarefa nobre da medicina obstétrica e assim vem sendo cumprida.

Mas há um porém neste tipo de intervenção. Um olhar mais atento na prática atual da assistência ao parto revela uma enorme contradição entre as intervenções técnicas ou cirúrgicas e as suas conseqüências no processo fisiológico do parto e na saúde física e emocional da mãe e do bebê. Um olhar ainda mais atento nos processos culturais, emocionais, psíquicos eespirituais envolvidos no parto revela novos e norteadores horizontes, tal qual a importância, para mãe e filho, de vivenciar integralmente a experiência do parto natural.

A qualidade de humano que se quer aqui revelar envolve os processos inerentes ao ser humano, os processos pertinentes ao ciclo vital e a gama desentimentos e transformações que a acompanham. O processo de nascimento, as passagens para a vida adolescente e adulta, a vivência da gravidez, do parto, da maternidade, da dor, da morte e da separação são experiências que inevitavelmente acompanham a existência humana e por isso devem ser consideradas e respeitadas no desenrolar de um evento natural e completo como é o parto. Muitas e muitas mulheres ao relatarem seus partos via cesariana mostram a frustração de não terem parido naturalmente com as próprias forças os seus filhos. Querem e precisam vivenciar o nascimento de seus filhos de forma ativa, participativa, inteira. Viver os processos naturais e humanos por inteiro muitas vezes envolve dor, incômodo, conflito, medo. Mas são estes mesmo os “portais” para a transição, para o crescimento, para o desenvolvimento e amadurecimento humano.

A humanização proposta pela “humanização do parto” entende a gestação e o parto como eventos fisiológicos perfeitos (onde apenas 15 a 20% das gestantes apresentam adoecimento neste período necessitando cuidados especiais), cabendo a obstetrícia apenas acompanhar o processo e não interferir buscando “aperfeiçoá-lo”.

Humanizar é acreditar na fisiologia da gestação e do parto. Humanizar é respeitar esta fisiologia e apenas acompanhá-la. Humanizar é perceber, refletir e respeitar os diversos aspectos culturais,individuais, psíquicos e emocionais da mulher e de sua família. Humanizar é devolver o protagonismo do parto à mulher (ela participa ativamente das decisões podendo expressar seus desejos e escolhas). É garantir-lhe o direito de conhecimento e escolha.

"A forma como nascemos tem conseqüência por toda a vida.”

 Para pensar no parto há quatro passos a serem lembrados ou tomados.
1º - A ocitocina é o hormônio do parto, que desencadeia a contração uterina. Este é o principal hormônio do amor e da relação sexual (“Ocitocina é o hormônio do amor”). Segundo Michel Odent, obstetra francês, este hormônio, porém, depende de fatores ambientais para ser liberado. Trata-se de um hormônio tímido, não aceita se mostrar entre estranhos eobservadores. Esta informação é algo que se esqueceu em relação ao parto.
A ocitocina é importante nas relações sexuais, sendo que o par precisa liberar o hormônio para acontecer a relação. O sexo requer, normalmente, isolamento e intimidade, havendo apenas a presença dos envolvidos. Mesmo em relações grupais, as pessoas buscam um espaço em que se sintam seguras.
 Todas as mamíferas têm a estratégia de não serem observadas no parto. Elas se recuam para um local em que fiquem isoladas e seguras.
 Em certa fase da humanidade, as mais remotas, as mulheres se isolavam para dar à luz. Já em tempos remotos, mas já de comunidades, elas iam às "cabanas" de partos, um lugar isolado para o parto, onde todas davam à luz. Sempre houve a separação do grupo para parir, mas não muito longe de suas mães ou de outra mulher experiente que pudesse protegê-la de animais que pudessem estar por ali. Em geral, não temos vergonha de nossas mães, então o hormônio (a ocitocina) se apresenta. Essas mães/mulheres são as precursoras das parteiras.
Veio a socialização do parto. A parteira passou a existir e se tornou uma agente, uma guia da parturiente, e não uma observadora silenciosa. Muitas vezes elas agem de forma invasora, ensinando a mulher o que fazer. As mulheres passaram a dar à luz em ambientes domésticos. Ensinar a parir é falta de compreensão de como funciona a ocitocina. A mulher precisa apenas não se sentir observada e pressionada.
 Em toda a história houve a exclusão dos homens da cena de parto. Já no século XX houve a “masculinização” do cenário de parto, e em especial, na década de 70 entra o pai para a cena.
Instantes pós-parto a mulher libera o seu mais alto nível de ocitocina da vida. É o maior pico de hormônio do amor da vida da mulher. Nenhum orgasmo pode liberar quantidades tão altas! Essa grande liberação hormonal ajuda no não sangramento uterino aumentado no pós parto. A mãe precisa do bebê pele a pele, cheirá-lo e ter forte contato para liberar este pico vital de ocitocina. Essas informações servem àqueles que dão assistência ao parto para se descobrir quais as reais necessidades da mulher ao parir.

2º - O hormônio adrenalina impede a liberação da ocitocina em mamíferas. Adrenalina é o hormônio da urgência, que prepara o corpo para agir. Para deixar a ocitocina fazer o seu trabalho de parto é necessário músculos relaxados e não energia, carboidratos e glicose. Quando uma mamífera se retira para parir e se sente segura, há hormônio do amor fazendo seu trabalho; se ela percebe um perigo, um predador, imediatamente há liberação deadrenalina e seu trabalho de parto é eficientemente interrompido para que seu corpo seja capaz de fugir. Só então quando se sentir segura novamente, voltará ao trabalho de parto. A fisiologia seria ineficiente se ela tivesse que correr com o filhote descendo pela vagina, por isso pára tudo quando há sinal de perigo.

3º - Comparadas a outras mamíferas, as humanas têm partos difíceis e longos. Isso se dá pelo neo córtex desenvolvido que temos. O cérebro do intelecto, a área cerebral responsável pela racionalidade, é uma deficiência durante o trabalho de parto. As inibições à ocitocina vêm desta área cerebral,tanto para o sexo quanto para o parto. Para o bom parto, o neo córtex tem que parar de funcionar, relaxar. É por isso que muitas mulheres esquecem o que está acontecendo em sua volta durante o parto e são pouco polidas, ficam de quatro e se comportam como se estivessem em outro planeta. Tudo isso significa que o córtex diminuiu sua atividade. Por isso não se deve estimular o córtex, o campo racional da mulher durante o parto. A linguagem é um dos mais fortes estímulos. O silêncio é o maior aliado do parto. Luz, imagens visuais em geral e a observação devem ser evitadas. Por isso a mulher deve dar a luz em local tranqüilo e com privacidade. Devemos redescobrir a importância da privacidade e do silêncio.

4º - Eliminar tudo que é “humano”: crenças e rituais que interferiram com o processo de parto. É preciso sair dos efeitos desses rituais.

Um exemplo: a separação de mãe e filho em vários momentos da história da humanidade. Em tempos de não civilização, as mulheres pariam e o bebê era levado ao chefe/líder da tribo para uma preparação ou avaliação da criança para depois se integrar à comunidade. Em tempos atuais, o bebê nasce e vai para as mãos do pediatra (que faz o mesmo que seus primórdios) e avalia seo bebê pode viver na comunidade, e o prepara para tal. Em um momento da descoberta do parto natural, houve a conduta de passar o bebê ao pai assim que nasce para que eles iniciem um vínculo afetivo mais precocemente. Em todas as situações, em diferentes lugares e tempos, é conduta HUMANA separar mãe de bebê. Essa conduta deve ser dispensada, assim como tudo que é “humano”.

O parto é uma história entre a mãe e o bebê, devemos redescobrir o momento do nascimento, a mãe e o bebê devem ficar juntos. Devemos estimular pouco o neo córtex . Eliminar aquilo que é humano. Devemos satisfazer as necessidades dos mamíferos de privacidade e segurança. Hoje podemos explicar que a mulher foi programada para liberar um “coquetel” de hormônios do amor. Hoje muitas mulheres não podem fazer isso, essa liberação de hormônios.
O que vai acontecer daqui a cinco gerações? Precisamos redescobrir o que a mulher precisa. Será que nós não devemos “humanizar” o parto, e sim “mamiferizar” o parto?


Dr. Hemmerson Henrique Magioni Ginecologista e Obstetra do Hospital da Mulher e Maternidade Santa Fé Fundador do Núcleo Bem Nascer em Belo Horizonte






Fontes: Michel Odent, Livro “A Cientificação do Amor”. Editora. 1996 - Eleonora de Morais, Texto, “Parto Humanizado”. 2006 - Livro, “Effective care in pregnancy and childbirth”. 2000 - Leboyer, Fréderick. “Nascer sorrindo”. Editora Brasiliense. 1974

O Papel do pai – Laura Gutman

By : Unknown

pai menor
Frente à angústia, a confusão, e o cansaço que sofremos quando temos filhos pequenos, nós mulheres queríamos ter a mão uma série de “obrigações” para empurrar ao homem a quem percebemos mais livres e autônomos e com uma vida que não mudou tão drasticamente como a nossa. Somos nós mulheres quem necessitamos crer que um “bom pai” se ocupa de tal e qual maneira dos filhos que temos em comum. Mas quanto isto não ocorre, nos constrange o rancor e o desapontamento.

O papel que cada um assume são fatos culturais. Os personagens que repartimos entre todos para que uma cena possa ser representada. De forma que, quando uma criança entra em cena (ou nasce), todos os papéis que tínhamos nos atribuídos se desacomodam. Nós as mulheres nos encontramos em lugares que não havíamos disposto de nós mesmas, nos sentimos fora do mundo, sós, exageradamente solicitadas, destroçadas entre permanecer nos lugares onde havíamos forjado nossa identidade, ou pendentes das necessidades da criança pequena. Frente a este panorama observamos ao pai que não está nem destroçado, nem lutando entre novas e velhas identidades, nem ferido, nem esgotado. Portanto, nos parece evidente que teria que assumir parte das tarefas que por caráter transitivo de gênero, assumimos quando nos tornamos mãe. E assim se põem manifestos os desacordos ocultos do casal.

Pois bem. Sobre tudo isso vale a pena conversar. Porque a presença de uma criança nos obriga a pensar como vivemos, o que esperamos uns dos outros, que organização familiar estamos dispostos a construir e quanta generosidade temos disponíveis. Por outra parte, os papéis que assumimos serão funcionais de acordo a se planejamos juntos ou não. Por exemplo, se assumimos que a mãe vai se encarregar emocionalmente da criança, então, necessitará que alguém se encarregue emocionalmente dela. E o homem que tem ao lado dela possivelmente seja o melhor postulante para esse papel. Nesse caso, não importa o que faz em função a paternidade, não importa se dá o banho, ou se acorda a noite para acalmá-lo. Porque é pai na medida em que sustenta emocionalmente a mãe, para que ela tenha forças afetivas suficientes para embalar a criança.

Em troca, se a mães não tem disponibilidade emocional para a criança, ou não tem possibilidades de permanecer ao seu lado por que a economia familiar depende dela: possivelmente tenha um pai mais carinhoso e em aparência “bom pai” que se ocupa da criança. Sem embargo, de um modo pouco visível está obrigando a sua mulher a abandonar seu desdobramento maternante e desviando sua preocupação para a aquisição de alimento. Nestes casos, o homem não possibilita, nem facilita uma permanência suave e dedicada da mãe até seu filho. E isto não é um dado menor, ainda que nós mulheres modernas crêssemos que a igualdade de direitos se baseia em que tanto as mulheres como os homens assumimos indistintamente a criação dos filhos: do ponto de vista da criança, não é o mesmo receber cuidados “ maternantes” femininos que cuidados “partenantes” masculinos. E isso que nem se quer estamos falando da amamentação, fato que requer permanência e disponibilidade insubstituível por parte da mãe.

O ideal seria que os papéis estivessem atribuídos para jogar o jogo familiar. A maioria das vezes isto não ocorre. Há um papel que poucas vezes assumimos, sejamos mulheres ou homens. É o papel de quem se despoja de suas próprias necessidades a favor das necessidades básicas impostergáveis urgentes e insubstituíveis das crianças pequenas. Quando subestimamos os tempos lentos das crianças, a necessidade de contato, de braços, de presença física e de escuta genuína, ninguém assume o seu papel.

Falar do que cabe ao pai fazer ou do que corresponde fazer a mãe, nos coloca na luta interminável por quem consegue resguardar mais de si mesmo. É verdade que nos falta jogar para a cena familiar. Na maioria dos casos ficamos sem família estendida, sem bairro, sem aldeia, sem mulheres experimentadas nem grupos de pares para fazermos cargo mancomunadamente das crianças pequenas. Estamos todos muito sós e exigidos. Nesse sentido, os homens que deseja ser bons pais tampouco conseguem responder as expectativas. Falham. Estão cansados. Recebem palavras de desprezo. Se sentem pouco valiosos. Escassamente potentes. E supõem que deveriam fazer o que não fazem, quer dizer, chegar cedo a casa, se ocupar da criança, acalmá-la, brincar com ela, ser paciente.

Pensar o papel do pai dentro da família moderna tem que coincidir com o pensamento mais generalizado sobre como vivemos todos nós, como e onde trabalhamos, como circula o dinheiro, quem administra, como nós viramos a respeito do poder dentro das relações, como circula o amor e o dialogo dentro do casal e sobre tudo qual a importância que damos a liberdade e a autonomia pessoais. Porque é importante ter em conta que se estamos apegados a própria autonomia a criança não conseguirá receber o que precisa. E se recebe o tempo e a dedicação será em detrimento da liberdade da mãe. E desde esse lugar da perda de liberdade, nós as mulheres nos colocamos exigentes com os varões, queremos definir claramente qual papel eles deveriam assumir. Com o que estamos chateados uns com os outros. Por isso não passa por lutar para determinar quem tem mais liberdade, atribuindo deveres a torto e a direito, porém passa por revisar qual capacidade de entrega temos uns com os outros. A maternidade e a paternidade não combinam muito com a autonomia e a liberdade pessoal. Nesse ponto dá na mesma ser mulher ou homem.

Talvez seja tempo de olharmos honestamente e reconhecer o que é que cada um de nós está disposto a dar. Comprometermo-nos a isso e não mais. Aceitar nossas limitações e nos darmos conta que nos complementamos. Que há algo que o outro oferece que ele mesmo não seria capaz e que se não dá “tudo” que queríamos, não o coloca no lugar de “não dá nada” e sim “que dá algo diferente”. Desse modo perdem sentido todas as discussões sobre os papéis adequados, o que se deve ou não fazer frente a algo tão difícil como criar crianças pequenas.


Laura Gutman
Tradução Flavia Penido

Tradução através do emponderamento

By : Unknown



"A OMS orienta o aleitamento exclusivo durante os primeiros seis meses de vida do bebê, pela incontestável comprovação dos benefícios para o binômio mãe e bebê. Mas, essa afirmação que muitas vezes soa como um grande mantra na comunidade materna, muitas vezes deixa muitos fatores, que na vida real e no dia a dia com o bebê, podem não ajudar a mãe à lutar e pelo aleitamento do seu filho e ela pode se enfraquecer diante de tantos comentários e suposições que ouve no decorrer deste processo."

Vou falar aqui sobre o que as mães ouvem, e, ensinar como ouvir corretamente através do empoderamento:


1a Frase: "Seu bebê não ganhou peso com 1 mês de vida. Vamos realizar alguns exames, vou prescrever medicação ou vamos introduzir a fórmula!" (O que a mãe ouve: você tem feito algo de errado, seu leite é fraco e claro que precisa complementar. Tudo isso pelo bem do seu bebê!).

Escuta correta: Mãe, a pega pode estar incorreta e o seu bebê não está aproveitando todas os benefícios do seu leite. Corrija a pega, e se empenhe por uma mamada de qualidade. O bebê precisa esvaziar as duas mamas durante as mamadas para chegar no leite gorduroso (3). Para ele é um grande desafio, pois é fazendo força na sucção que se chega até ele. No começo, bebês são muito sonolentos, e você precisa constantemente incentivá-los. Coloque para arrotar ereto, insista para que esvazie as mamas. Ele nasce sim com o reflexo, mas ele aprende com você. Muito importante que você se cuide, que descanse junto com ele e que esteja totalmente voltada para ele neste processo. Assim, a amamentação acontece e o seu bebê cresce e ganha peso. Sei que não preciso tomar nada, usar nada, para aumentar a minha produção. Sei que preciso apenas cuidar de mim, me hidratar e descansar quando for possível.



2a Frase: "Seu bebê tem regurgitado muito? Volta todo o leite que mama? E ele tem menos de 2 meses? Vou introduzir um anti-refluxo". (O que a mãe ouve: meu filho tem refluxo, intolerância ao meu leite e provavelmente vai ser muito alérgico!).

Escuta correta: Mãe, é normal que até 2 meses, os bebês regurgitem muito, e isso pode se prolongar. Isso porque os bebês nascem com a válvula do esôfago imatura. Até os dois meses (idade em que a válvula acaba de amadurecer), é normal que o bebê tenha refluxo. Então, se você está produzindo muito leite, ordenhe antes das mamadas, isso vai ajudar no reflexo da ejeção. Bebês não sabem controlar a quantidade, eles vão aprendendo isso com o tempo, através da Livre Demanda. Sei que preciso controlar o fluxo do meu leite ordenhado e doando este leite neste momento. Sei que o uso de conchas pode causar fungos e mastites, dentre outras complicações. Irei fazer o processo corretamente, porque sei que o fluxo do meu leite irá se estabilizar.


3a Frase: "Seu bebê chora sem parar dia a e noite. Isso é fome, ele não está sendo alimentando o suficiente. Se você der uma mamadeira com leite e ensinar logo a chupar a chupeta, vai resolver o problema!". (o que a mãe ouve: "estou fazendo o meu filho sofrer de fome, acho que não vou conseguir amamentar ele. Se a chupeta e a mamadeira resolvem a necessidade dele, eu vou usar pelo bem dele!).

Escuta correta: O choro do seu bebê é a única forma dele se comunicar com você e se você observar, existem vários tons e expressões diferentes, cada um significando uma necessidade. Os bebês parecem que estão muito insatisfeitos nos primeiros três meses, na verdade, por causa do período da exterogestação. Ela é uma manifestação da urgente necessidade do bebê de sentir e vivenciar as sensações intrauterinas. Ele nasce prematuro, seu sistema neurológico é imaturo e ele se percebe como indivíduo após essa fase. O que ele precisa na verdade, é sentir a mãe: sua voz, seus batimentos cardíacos, seu cheiro, seu gosto, sua respiração... O uso do sling durante o dia e a cama compartilhada à noite, neste processo, ajuda seu bebê a se sentir seguro e tranquilo. E, quanto mais aninhado ele estiver, mas ele ficará seguro de que a sua mãe está por perto. 80% dos casos se resolvem com o apego seguro à mãe.


4a Frase: "Seu bebê troca o dia pela noite. Isso é normal. Se você quiser dormir, dê uma mamadeira cheia de complemento e ele irá dormir a noite toda! Ele chora de cólicas? Dê um remédio para as cólicas e corte muita coisa da sua dieta (as tradicionais)." (O que a mãe ouve: "eu preciso dormir, então se ele pode dormir à noite toda para mim é melhor dar alguma coisa para ele. Eu acho que aquela comida que eu comi ontem foi o que gerou as cólicas, vou restringir tudo!).

Escuta correta: Não se sabe ao certo ainda, porque bebês trocam o dia pela noite. A melhor forma de solucionar isto, é, também trocar o dia pela noite! Durma quando o seu bebê dorme, e acorde quando ele acordar. Talvez pedir ajuda para as pessoas da família pode ser fundamental. Elas querem ajudar com o novo bebê, então vou direcionar esta ajuda para o que eu realmente necessito. Sei que as cólicas fazem parte do processo da maturação do intestino do bebê e sei também que, se eu proporcionar uma qualidade de mamadas, o leite gorduroso irá ajudar a reduzir os episódios das cólicas, porque ele funciona como uma verdadeira "vassoura" limpando a parede intestinal de resíduos do leite 1(água) e 2(minerais). Não vou restringir minha alimentação que pode me deixar debilitada pela dinâmica da amamentação neste momento, mas vou cuidar para ter uma alimentação mais balanceada e saudável possível. E vou dar muito colo e amor, para que ele enfrente esta fase da melhor forma.


5a Frase: "Mãe, seu bebê não está crescendo e engordando, e, de acordo com a Curva de Crescimento, ele está abaixo da "média". Vamos precisar complementar a amamentação dele para que esse números se estabilizem!". (O que a mãe ouve: "Você tem um bebê abaixo da média! Por isso que percebi que o bebê da minha amiga está muito diferente do meu e que todo mundo da minha família fala que ele está magrinho e não está se desenvolvendo. Preciso fazer alguma coisa para aumentar estes índices!".

Escuta correta: Sei que os padrões estabelecidos para a criação da Curva do Crescimento é padronizada e que ela não considerou crianças de todas as culturas, servindo apenas para uma média geral de controle da população infantil. Sei também que o LM é gordura do Bem e que provavelmente não veremos bebês amamentados gordos demais. Sei que os benefícos são à longo prazo e vou em empoderar para explicar à minha família especialmente, o porquê da minha decisão em amamentar exclusivamente. Sei que existem diversos textos e artigos comprovados que explicam os benefícios. E claro, sempre irei ouvir a minha intuição materna: se o meu bebê está bem, se desenvolvendo, respondendo aos reflexos, irei confiar no meu leite materno, que é o melhor alimento que ele pode receber neste momento.


6a Frase: "Cuidado com o bico dos seios: se eles fissurarem e machucarem, utilize muitas pomadas e até o bico de silicone. Se não cuidar disso, pode virar uma grande problema para você!" (O que a mãe ouve: "eu não vou aguentar a dor dele amamentando e não vou oferecer o seio machucado até ele sarar. Vou usar o que me dizem para me livrar logo deste problema!).

Escuta correta: Sei que quando os seios fissuram ou sinto dor ao amamentar, alguma coisa está errada com a pega e preciso corrigí-la imediatamente! Sei também que o uso de bicos de silicone podem atrapalhar a amamentação pela confusão dos bicos e o uso de pomadas pode, além de obstruir os ductos mamários, deixar a mama escorregadia, atrapalhando a boa pega do bebê. Sei que preciso continuar amamentando, para evitar que o leite empedre e eu tenha mastites, sei que o meu LM tem um grande potencial cicatrizante e antibactericida e sei que preciso manter as mamas secas, tomando sol quando possível.


7a frase: "O cocô do seu bebê está com um aspecto estranho. Se ele sai esverdeado é porque ele sentiu muitas cólicas. Ele precisa fazer cocô todas as vezes que mama e xixi na mesma média. Se não está trocando muitas fraldas pode ser que ele está sofrendo com fome e ficará desidratado! Se ele não faz cocô à quase 10 dias, vai precisar usar supositório nele! (O que a mãe ouve: "se o cocô não sai sempre amarelinho e sem cheiro, algo de muito grave está acontecendo com o meu bebê. E eu preciso trocar a fralda à cada mamada!)

Escuta correta: Sei que observar as fraldas do meu bebê é necessário, porque ela me dá pistas importantes sobre como está sendo o processo de maturação do seu instestino, a qualidade das mamadas e a qualidade do meu leite materno. O cocô esverdeado é sinal de que meu bebê não está chegando ao leite 3, e como os leite 1 e 2 "podem estacionar" na parede intestinal porque são muitos leves, provavelmente ele sentiu a dor da cólica, mas não irei me desesperar com isso, porque sei que faz parte do processo de maturação. Sei também que o leite materno é toalmente absorvível pelo organismo e a ausência do cocô até 10 dias mais ou menos, me indica que o corpinho dele está aproveitando 100% de todos os nutrientes que estou oferecendo através do meu leite. Não vou usar supositórios, porque isso pode gerar traumas futuros e continuo me dedicando à qualidade das mamadas.


8a Frase: "Quando chegam nos 3 meses, eles mudam completamente. Começa uma guerra com o peito e parece que não querem mais mamar. Choram muito e ficam impacientes. Olha, não tem jeito, complemente com outro leite para ele saciar a fome. E dê a chupeta também, porque ele tem uma necessidade de sucção enorme e não pode ficar "pendurado" em você o dia inteiro!". (O que a mãe ouve: "como meu leite diminuiu e as minhas mamas não enchem mais quanto antes, pode ser que eu esteja deixando de produzir leite mesmo. Meu bebê suga muito as mãozinhas, os dedinhos, parece desesperado, acho que uma boa chupeta ortondôntica poderá acalmá-lo!").

Escuta correta: Sei que o meu bebê está passando pela Crise dos 3 meses e que isso acontece porque ele finalmente aprendeu a mamar, e sabe como extrair o meu leite, e ás vezes faz isso em 5,6 minutos. Sei também que agora ele está percebendo o mundo à sua volta e tudo pode distrair ele e assim, ele não mama com qualidade e pode ficar com fome e impaciente porque a amamentação não é tão rápida quanto a necessidade dele. O reflexo de sucção ainda é muito presente, mas sei que aos poucos, ele irá controlando isso com a oferta livre do meu seio, pois sei que ele sente o mundo pela boca e é através dela também, que ele encontra conforto para as suas emoções. Se ele colocar muito o dedo na boca ou ficar sugando tudo o que vê pela frente, vou me empenhar, quando estiver amamentando, em dar toda atenção, carinho e afeto que ele necessita. Vou conversar com ele, fazer contato visual e dizer que está tudo bem, e qua a mamãe estará sempre por perto quando ele precisar.


9a Frase: "Agora que passou dos 3 meses, coloca ele no berço e tira da cama de vocês. Se isso não acontecer, ele vai ficar manhoso e te fazer de escrava dele, mamando a noite inteira. Isso pode inclusive, atrapalhar muito a sua vida sexual". (O que a mãe ouve: "puxa, isso pode ter razão mesmo, meu bebê vai ficar dependente de dormir comigo e depois eu não vou conseguir adaptar mais ele no berço e no quarto dele. Preciso fazer isso também porque meu marido me cobra e não posso perder o meu casamento por isso).

Escuta correta: Sei que o processo da transição da cama compartilhada para o quarto do bebê é gradual, mas talvez com um arranjo, eu possa resolver as coisas, colocando o berço dele ao lado da nossa cama e assim, ele dormir no cantinho dele. Sei que ele precisa muito de mim ainda, e vou envolver o meu marido nessa necessidade, não descuidando de um tempo de intimidade com ele, onde posso criar soluções para atender os dois. Sei também que depois de 1 ano, gradativamente, posso ir fazendo a transição sem traumas, sem deixar ele chorando no quarto sozinho e sei que neste momento, quanto maior for a qualidade deste vínculo e da amamentação, mas ele se sentirá seguro e irá fazer a transição com a suas necessidades atendidas. Sei que é uma fase, fundamental para o seu desenvolvimento e crescimento e que fazendo isso, irei garantir um sono de qualidade no futuro, mas, sei também que cada bebê é único e vou estar atenta às reais necessidades do meu bebê. Sei também quer preciso estar muito atenta ás necessidades de um sono de qualidade e que dormir durante o dia, é fundamental para o bebê. Preciso auxiliar ele a chegar no sono profundo, controlando o reflexo de sucção após ele ter mamado, sei que ele não dorme completamente pela imaturação neurológica e que quando desperta, chora porque não se lembra que já havia mamado e está satisfeito. Posso então, dar de mamar, colocar para arrotar e deixar ele um tempo deitado no meu peito e, se mostrar que quer sugar, posso colocar delicadamente a ponta do meu dedo mínimo com a unha para baixo e suprir a necessidade de sucção, que passa rápido e o ajuda a dormir melhor, ai eu coloco ele na cama, ou berço, ou, deixo ele no sling para realizar minhas tarefas diárias.


10a Frase: "A sua licença maternidade está acabando e o melhor para o seu bebê não sofrer longe de você é ja ir introduzindo as papinhas e outros leites. Assim você trabalha em paz sabendo que ele não irá passar fome!" .(O que a mãe ouve: "eu vou introduzir logo outra alimentação para garantir que ele não irá sofrer com a adaptação com outro cuidador. Vou também deixar de amamentar porque vou ficar longe o dia todo: é melhor tirar agora para que ele não fique dependente de mim e sofrer muito por isso!").

Escuta correta: Sei que não é necessário interromper a amamentação neste momento de volta ao trabalho e não irei fazer isso, porque sei que o aleitamento materno continua sendo fundamental nos primeiros anos de vida do meu bebê. Sei que a introdução alimentar aos seis meses acontece em razão da necessidade de suplementação do ferro e sei que a maturação do intestino total do meu bebê está acabando de acontecer. Também sei que introduzimos alimentos aos 6 meses, porque o bebê já está sentando, e assim, seu esôfago é capaz de ficar ereto, facilitando esse processo. Sei que é plenamente possível dar continuidade ao aleitamento, porque posso ordenhar as mamas durante o dia, armazenar o leite e assim manter um estoque diário para que o meu leite seja oferecido ao meu bebê durante a minha ausência, e , quando ele estiver adaptado aos outros alimentos, posso deixar a amamentação para o período em que estivermos juntos e assim, eu continuar garantindo a qualidade de vínculo que é tão fundamental para ele neste momento de separação precoce. Sei também que o desmame natural é o melhor que posso fazer por ele, pois respeitando o seu tempo e sua necessidade pessoal, ele irá atravessar essa fase com segurança e confiança. E, por último, sei que posso fazer a transição direta de líquidos (àgua e sucos naturais, após um ano) tranquilamente para o copinho, finalizando em êxito, todo esse processo de proteção e cuidado através da amamentação.

Por: Simone De Carvalho

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